Como Calcular uma Proposta Justa em uma Renegociação

Renegociar uma dívida ou qualquer tipo de compromisso financeiro é um processo que exige mais do que apenas boa vontade. 

É preciso equilíbrio, clareza e, acima de tudo, justiça para ambos os lados. 

Quando falamos em renegociação amigável, falamos sobre diálogo, entendimento e construção de uma solução sustentável. 

Mas, afinal, como calcular uma proposta justa nesse tipo de negociação?

Neste artigo da empresa Sete Capital, vamos mostrar os principais pontos que devem ser considerados para elaborar uma proposta que faça sentido tanto para quem está pagando quanto para quem está recebendo. 

Nosso foco aqui não será em termos técnicos ou complicações legais, mas sim em práticas simples, humanas e eficazes.

Por que é importante calcular uma proposta justa?

Em qualquer negociação, uma proposta só será aceita se for percebida como razoável pelas duas partes. 

Se for excessivamente vantajosa para um dos lados, provavelmente resultará em desconfiança, resistência ou até em uma nova quebra de acordo no futuro.

Uma proposta justa é aquela que:

  • Está dentro das possibilidades reais de pagamento de quem deve;
  • Garante a continuidade do relacionamento de confiança entre as partes;
  • Permite que quem presta o serviço ou concedeu o crédito receba aquilo que é justo e viável;
  • É clara, sem surpresas ou termos difíceis de entender.

1. Entenda sua real capacidade de pagamento

Antes de fazer qualquer proposta, o primeiro passo é olhar para dentro. Isso mesmo. Avalie com calma sua situação financeira atual.

Aqui vão algumas perguntas essenciais:

  • Qual é o meu rendimento mensal líquido (já descontado impostos e encargos)?
  • Quais são meus gastos fixos mensais (moradia, alimentação, transporte, saúde, etc.)?
  • Tenho alguma reserva de emergência?
  • Há outras dívidas em aberto que precisam ser priorizadas?

Depois de responder essas perguntas, será possível entender quanto sobra por mês e, dentro dessa sobra, qual valor seria possível comprometer com uma renegociação sem desequilibrar o orçamento.

💡 Dica: o valor da parcela renegociada idealmente não deve ultrapassar 30% da sua margem disponível após o pagamento das despesas básicas. Mais que isso pode comprometer sua saúde financeira.

2. Considere o valor original da dívida

É fundamental saber qual era o valor original da dívida ou compromisso, ou seja, quanto foi contratado ou acordado inicialmente. 

Muitas vezes, os valores crescem ao longo do tempo por conta de encargos, taxas, juros, entre outros.

Ter essa noção ajuda a manter a renegociação dentro de uma perspectiva realista, tanto para o devedor quanto para o credor.

Exemplo prático:

  • Valor contratado: R$ 5.000
  • Valor atual (com encargos): R$ 7.200

Nesse caso, é importante entender por que o valor cresceu e negociar com base em um ponto médio que respeite os dois lados. 

Mesmo que o valor atual seja maior, uma proposta justa pode envolver parcelamentos, ajustes ou condições que tornem o pagamento possível sem ignorar o montante devido.

3. Entenda o lado da outra parte

Renegociar exige empatia. Muitas vezes, focamos apenas na nossa dificuldade, mas é fundamental entender que o outro lado também tem seus custos, obrigações e expectativas.

Se a empresa ou pessoa que está negociando com você cede demais, pode acabar prejudicando seus próprios resultados. 

Por isso, é necessário buscar um ponto de equilíbrio, onde nenhum dos lados “perca demais”.

Consulte a Sete Capital, que é especialista nesse assunto.

Exemplo:
Se você deve a uma empresa que lhe prestou um serviço, lembre-se de que ela teve custos com equipe, estrutura, atendimento e tempo. 

Então, uma proposta justa deve levar em conta também o valor que esse serviço tem.

4. Seja transparente e proativo

A forma como você apresenta sua proposta pode fazer toda a diferença. 

Mostrar que você analisou sua situação com responsabilidade e que deseja resolver o impasse já é um grande passo.

Seja claro ao apresentar:

  • O valor que consegue pagar por mês;
  • Por quanto tempo conseguiria manter esse compromisso;
  • Se há possibilidade de entrada (pagamento inicial);
  • Qual o canal preferencial de contato.

Importante: não prometa o que não pode cumprir. 

A confiança é um dos pilares mais importantes em uma renegociação amigável.

5. Negocie prazos, não só valores

Existem diversas formas de tornar uma proposta viável sem necessariamente reduzir o valor total.

Uma alternativa é pedir mais prazo para pagar. Em muitos casos, estender o número de parcelas torna a dívida mais leve e aumenta a chance de cumprimento.

Exemplo:

  • Valor devido: R$ 2.400
  • Proposta inicial: 6x de R$ 400
  • Nova proposta: 12x de R$ 200

Note que o valor total continua o mesmo, mas a forma de pagamento se torna mais acessível. 

Essa pode ser uma solução ganha-ganha.

6. Mantenha registros e combinados por escrito

Mesmo sendo uma negociação amigável, é essencial manter tudo documentado. 

Isso ajuda a evitar esquecimentos e garante que ambas as partes saibam exatamente o que foi combinado.

Use mensagens, e-mails ou até mesmo uma planilha simples para registrar:

  • Valor original;
  • Valor acordado;
  • Número de parcelas;
  • Datas de vencimento;
  • Condições em caso de atraso.

Esse cuidado transmite seriedade e profissionalismo, e fortalece a confiança mútua.

Consulte a Sete Capital, que é especialista nesse assunto.

7. Revise sua proposta antes de enviar

Antes de apresentar a proposta ao credor ou prestador do serviço, revise tudo com calma. Pergunte a si mesmo:

  • Esta proposta está realmente dentro das minhas possibilidades?
  • Se eu estivesse do outro lado, consideraria esta proposta razoável?
  • Estou sendo claro, respeitoso e objetivo?

Se a resposta for “sim” para todas as perguntas, você estará no caminho certo para uma negociação bem-sucedida.

8. Prepare-se para contrapropostas

Lembre-se: uma proposta é o ponto de partida para o diálogo, não necessariamente o ponto final. 

É comum que a outra parte sugira ajustes ou queira discutir termos.

Mantenha a calma e a mente aberta. 

Escute com atenção, analise os novos termos e, se necessário, ajuste sua proposta para algo que atenda melhor aos dois lados.

O segredo está na flexibilidade e no compromisso em resolver, e não em vencer.

9. Honre o que foi acordado

Após a negociação, cumpra o combinado com pontualidade. 

Além de evitar novos problemas, você demonstra responsabilidade e respeito com quem lhe ofereceu uma segunda chance.

Se, por algum motivo imprevisto, você tiver dificuldades para continuar pagando, entre em contato o quanto antes. 

A proatividade é sempre bem-vinda e pode abrir portas para novos ajustes, mantendo o acordo vivo.

Conclusão

Calcular uma proposta justa em uma renegociação não é uma ciência exata, mas sim um exercício de empatia, responsabilidade e equilíbrio. 

O segredo está em olhar com sinceridade para sua realidade financeira, entender as necessidades da outra parte e buscar um meio-termo que funcione para ambos.

Uma boa proposta não é a que reduz ao máximo a dívida, mas sim aquela que pode ser cumprida com tranquilidade e que fortalece o relacionamento entre as partes envolvidas.

Se você está enfrentando um momento difícil e precisa renegociar, saiba que não está sozinho. 

Diálogo, clareza e respeito são sempre os melhores caminhos — e uma proposta bem pensada é o primeiro passo rumo à solução.

Consulte sempre uma empresa como a Sete Capital, que vai orientá-lo da melhor forma.

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Sete Capital Vitória

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